As questões mais frequentes são as abaixo indicadas, mas é importante dizer que não existem respostas definitivas.
Como costumamos dizer…cada caso é um caso e as pessoas são todas diferentes.
Todo o processo de transplantação pulmonar, desde os exames e estudos para a entrada na lista de espera, controlo da ansiedade do tempo de espera, a evolução doença e consequente degradação da qualidade de vida, até ao momento que acordamos na condição de transplantados pulmonares, são vividas de forma diferente mas têm um denominador comum… Nunca desistir!
Todo o processo pós cirúrgico é complexo envolvendo vários equipamentos médicos tornando-se desconfortável. Após a cirurgia o doente é acompanhado individualmente e em permanência por uma equipa que trabalha para que este esteja o mais confortável possível e sem dor.
No total, entre preparação e cirurgia propriamente dita, pode demorar em média entre 8 a 12 horas, dependendo se é transplante unilateral ou bilateral, mas é uma média pois poderá demorar mais ou menos devido ao surgimento ou não de intercorrências durante a cirurgia.
Esta é sempre uma resposta difícil pois depende muito de cada caso. Existem transplantados que em alguns dias já estão a respirar por si e a realizar o levante (sentados no cadeirão), outros têm um tempo superior (semanas ou meses) no isolamento. Mais uma vez os tempos médios aqui são apenas indicadores, mas podemos dizer que em média demora entre 3 e 5 meses para obter alta hospitalar.
Não, a alimentação é muito controlada e a forma de preparação dos alimentos também. Tudo para minimizar o risco de intoxicações alimentares que na condição de imunossuprimidos podem levar a cenários mais problemáticos.
Alimentos mais comuns a não consumir: Ovos frescos (apenas pasteurizados), marisco, alimentos crus, alimentos fumados, etc..
Estas informações também podem variar para cada pessoa, pois podem existir outras patologias que condicionam a sua alimentação. Devem sempre seguir as indicações da nutricionista.
Bem, mais uma vez depende da condição física em cada pessoa se encontra, mas na generalidade, sim pode, tendo sempre em atenção à sua nova condição de imunossuprimido.
É importante não adotar comportamentos de risco pois estamos mais suscetíveis a ficar doentes e acima de tudo estar consciente dos limites de cada um. É preciso ter bom senso e respeitar esta segunda oportunidade de viver.
Depende de variados fatores: o aparecimento de um órgão em bom estado, a verificação da compatibilidade com o doente, a condição do doente, etc..
Entre nós, dirigentes da associação, há quem esperou 4 meses e quem esperou 4 anos. Há quem foi chamado uma única vez e foi transplantado e quem foi chamado uma série de vezes até chegar o seu dia. Uns pulmões bons para transplante não têm data ou hora de chegada, o tempo de espera é sempre uma incógnita, o importante é acreditar que a nossa vez vai chegar e tentar viver da melhor forma possível.
Sim. O pulmão é um órgão que está em constante contacto com o exterior, por isso “sofre” mais o risco de infeções.
No primeiro ano após o transplante é obrigatório o uso da máscara em todos os locais (exceto na residência), a não ser que receba visitas que não façam parte do meio familiar ou amigos mais íntimos. Nos restantes locais usar sempre a máscara.
Após o primeiro ano de transplante o uso da máscara deixa de ser obrigatório na rua ou locais ao ar livre, mas daí para frente a máscara acompanha-nos sempre que estejamos em locais fechados com muita gente, com ar condicionado, meio hospitalar, etc. Aqui mais uma vez, depende do bom senso e consciência de cada um.
Atualmente foram realizados em Portugal 172 transplantes Pulmonares, todos efetuados no Hospital de Santa Marta em Lisboa.
No nosso país o único centro de referência de Transplantação Pulmonar é o Hospital de Santa Marta em Lisboa, pertencente ao Centro Hospitalar Lisboa Central. Este é o único local do país onde se realizam transplantes pulmonares.
O mais importante para proteger os novos pulmões é seguir as indicações do seu médico e dos restantes profissionais de saúde da equipa de transplante.
Estas irão incluir por exemplo:
- a medicação imunossupressora (entre outras) que deve tomar (doses e horas que devem ser cumpridas sem falta)
- exames e consultas a que não deve faltar
- os cuidados a ter ao nível da higiene pessoal e da alimentação e preparação dos alimentos
- a importância do exercício físico regular
- as indicações para o uso da máscara facial de proteção, entre muitas outras.